Hoje descobri isto.
Trata-se de uma aplicação para psicomotricistas. Para ser usada em diferentes situações.
Considero que a mesma se encontra bem organizada e dividida em sectores importantes.
Vale a pena espreitar!
http://ipadpsychomot.free.fr/ipadpsychomot/Accueil.html
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Aqueles dias
Sabem aqueles dias que não deviam ter saído de casa?
Pois hoje, eu estou assim.
Fui trabalhar de manhã, e como de tarde não trabalhava aproveitei para almoçar no centro da cidade e depois ir tratar de alguns assuntos sobre o cartão de telemóvel que adquiri e que está a dar-me dores de cabeça.
Primeiro, almocei num sítio que nunca mais lá volto.
Por fora um aspecto excelente, quando entro e aguardo o funcionário dou-me conta que ele era igualzinho àquela personagem do scary movie, o da mão bizarra.
Almocei rápido que ele não me estava a inspirar muita confiança.
Eis senão quando saio de lá começou a cair uma zurbada (chuva a cântaros) que nem vos digo nem vos conto.
Fui então à loja dos telemóveis, não consegui resolver o problema porque 'fiz uma compra online de um serviço da empresa mas que não permite assistência na loja'.
Depois de lhe dizer 30 mil vezes que não achava normal adquirir um serviço e não haver sequer a possibilidade de falar com alguém sobre o problema, ou por telefone ou numa loja, desisti e vim-me embora.
Desisti porque ainda não sei colocar ninguém no seu devido lugar em francês...!
Saí da loja e sabem quando vos sai um pensamento em voz alta, pois a mim saiu-me:
"Que mauzinhos estes senhores. Ide dar uma volta ao bilhar grande"
(atenção que esta frase são só eufemismos, nem me atrevo a transcrever!)
E de repente ouço, mesmo ali ao meu lado em português: "Anda Diogo, está na hora". E olharam para mim de soslaio.
Fuck.
Pois hoje, eu estou assim.
Fui trabalhar de manhã, e como de tarde não trabalhava aproveitei para almoçar no centro da cidade e depois ir tratar de alguns assuntos sobre o cartão de telemóvel que adquiri e que está a dar-me dores de cabeça.
Primeiro, almocei num sítio que nunca mais lá volto.
Por fora um aspecto excelente, quando entro e aguardo o funcionário dou-me conta que ele era igualzinho àquela personagem do scary movie, o da mão bizarra.
Almocei rápido que ele não me estava a inspirar muita confiança.
Eis senão quando saio de lá começou a cair uma zurbada (chuva a cântaros) que nem vos digo nem vos conto.
Fui então à loja dos telemóveis, não consegui resolver o problema porque 'fiz uma compra online de um serviço da empresa mas que não permite assistência na loja'.
Depois de lhe dizer 30 mil vezes que não achava normal adquirir um serviço e não haver sequer a possibilidade de falar com alguém sobre o problema, ou por telefone ou numa loja, desisti e vim-me embora.
Desisti porque ainda não sei colocar ninguém no seu devido lugar em francês...!
Saí da loja e sabem quando vos sai um pensamento em voz alta, pois a mim saiu-me:
"Que mauzinhos estes senhores. Ide dar uma volta ao bilhar grande"
(atenção que esta frase são só eufemismos, nem me atrevo a transcrever!)
E de repente ouço, mesmo ali ao meu lado em português: "Anda Diogo, está na hora". E olharam para mim de soslaio.
Fuck.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Carinho
Estou longe de casa como tudo. Longe dos abraços e dos sorrisos dos que mais amo. Sem data de regresso... e esta incerteza às vezes custa e dói muito.
Mas caramba, hoje estou feliz. Tenho evoluído imenso na língua e uma semana depois de ter começado sabe tão bem chegar ao local e ouvir 'Bonjour Ráquéle' sempre acompanhado de sorrisos e de alguns abracinhos! E os seus olhos inocentes e meigos vêem e dizem 'Ráquéle, tu es belle'!
'Ráquéle, c'est vrai qui tu parle portugais?'
'Ráquéle, comment se dit en portugais bonjour et bonsoir?'
'Ráquéle comment se dit que on va travailler?'
(e não tenho a certeza se isto está bem escrito...!)
Carago, são tão fofos!
Além disso tenho comigo uma equipa excelente! Simpáticos, gentis, atenciosos e sempre dispostos a ajudar a portuguesa-que-nem-sempre-entende-o-que-eles-dizem! Então quando falam muito rápido, nem queiram imaginar o nó que é! Mas é só dizer 'doucement' e eles lá me acompanham!
Tem sido uma experiência excelente!
Mas caramba, hoje estou feliz. Tenho evoluído imenso na língua e uma semana depois de ter começado sabe tão bem chegar ao local e ouvir 'Bonjour Ráquéle' sempre acompanhado de sorrisos e de alguns abracinhos! E os seus olhos inocentes e meigos vêem e dizem 'Ráquéle, tu es belle'!
'Ráquéle, c'est vrai qui tu parle portugais?'
'Ráquéle, comment se dit en portugais bonjour et bonsoir?'
'Ráquéle comment se dit que on va travailler?'
(e não tenho a certeza se isto está bem escrito...!)
Carago, são tão fofos!
Além disso tenho comigo uma equipa excelente! Simpáticos, gentis, atenciosos e sempre dispostos a ajudar a portuguesa-que-nem-sempre-entende-o-que-eles-dizem! Então quando falam muito rápido, nem queiram imaginar o nó que é! Mas é só dizer 'doucement' e eles lá me acompanham!
Tem sido uma experiência excelente!
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Os fins-de-semana em França
(Acabei de escrever o título desta publicação e dei-me conta que possivelmente fins-de-semana já não leva hífenes com o novo acordo ortográfico, mas... não sei escrever com o novo acordo, portanto é caso para dizer que escrevo à moda antiga).
Os fins-de-semana são algo que ainda não me habituei muito bem na cultura deste país. Não sei se isto que irei relatar se passa em toda a França, ou só em regiões mais pequenas como é esta em que me encontro.
Eu, habituada em Portugal a sair à noite quase todos os dias, vejo-me agora sem isso. Durante a semana é impensável sair à noite porque chego cansada e porque não há transportes à noite. O último autocarro que tenho para regressar para casa é às 18.30h... (Boa Mike...!!) Às vezes apetece-me ficar um bocadinho pelo centro, dar ali umas voltas, ver montras e ver gente, mas não. Não-dá-porque-não-posso-perder-o-último-autocarro-senão-depois-tenho-de-vir-à-la-pata. Vá, e também porque muitas das lojas fecham as 18h e outras, na loucura, às 19h!
Não é que eu em Portugal saísse até altas horas durante a semana, quer dizer... hum.. às vezes sim. Outras vezes não. Era só pegar no carro ir um bocadinho ao café e voltar.
Aqui isso é impensável. Os franceses fecham os tascos todos durante a semana à noite. Não tenho um único café perto de casa. Às 19h as ruas começam a ficar desertas porque não há autocarros, e já deve estar tudo recolhido.
Com isto acabei por me desviar do tema. Voltando...
Os fins-de-semana são esquisitos. Ao sábado quase tudo está aberto e há autocarros de hora a hora.
Ao sábado, suposto auge nocturno tudo fecha às 2h. É tudo caro. Excessivamente caro. Não há favaios. A cerveja até que nem é má, mas quase tenho um enfarte cada vez que vejo o preço. E não há lugar a telefonemas às amigas no dia seguinte a dizer: 'Não imaginas o que aconteceu...'. Noites épicas onde acontecem cenas surreais, ai que saudades!
Ao domingo a cidade é deserta. Não há autocarros. Tudo está fechado. Quando digo tudo é tudo. Supermercados, hipermercados, padarias, cafés, lojas, tudo tudo tudo... Não se vê alma penada.
E depois existe a segunda, que é um prolongamento do fim-de-semana francês pelos vistos.
Há segunda tudo está a meio gás. Quando digo isto, não me refiro à disposição e vivacidade da população, refiro-me sim ao que está ou não aberto. Quem trabalha ao sábado não trabalha à segunda.
Confesso que a isto ainda não me habituei. Nem tão pouco sei se me vou habituar.
Agora vou ali espreitar à janela a ver se passa alguém só para dizer que vi gente ao domingo.
Os fins-de-semana são algo que ainda não me habituei muito bem na cultura deste país. Não sei se isto que irei relatar se passa em toda a França, ou só em regiões mais pequenas como é esta em que me encontro.
Eu, habituada em Portugal a sair à noite quase todos os dias, vejo-me agora sem isso. Durante a semana é impensável sair à noite porque chego cansada e porque não há transportes à noite. O último autocarro que tenho para regressar para casa é às 18.30h... (Boa Mike...!!) Às vezes apetece-me ficar um bocadinho pelo centro, dar ali umas voltas, ver montras e ver gente, mas não. Não-dá-porque-não-posso-perder-o-último-autocarro-senão-depois-tenho-de-vir-à-la-pata. Vá, e também porque muitas das lojas fecham as 18h e outras, na loucura, às 19h!
Não é que eu em Portugal saísse até altas horas durante a semana, quer dizer... hum.. às vezes sim. Outras vezes não. Era só pegar no carro ir um bocadinho ao café e voltar.
Aqui isso é impensável. Os franceses fecham os tascos todos durante a semana à noite. Não tenho um único café perto de casa. Às 19h as ruas começam a ficar desertas porque não há autocarros, e já deve estar tudo recolhido.
Com isto acabei por me desviar do tema. Voltando...
Os fins-de-semana são esquisitos. Ao sábado quase tudo está aberto e há autocarros de hora a hora.
Ao sábado, suposto auge nocturno tudo fecha às 2h. É tudo caro. Excessivamente caro. Não há favaios. A cerveja até que nem é má, mas quase tenho um enfarte cada vez que vejo o preço. E não há lugar a telefonemas às amigas no dia seguinte a dizer: 'Não imaginas o que aconteceu...'. Noites épicas onde acontecem cenas surreais, ai que saudades!
Ao domingo a cidade é deserta. Não há autocarros. Tudo está fechado. Quando digo tudo é tudo. Supermercados, hipermercados, padarias, cafés, lojas, tudo tudo tudo... Não se vê alma penada.
E depois existe a segunda, que é um prolongamento do fim-de-semana francês pelos vistos.
Há segunda tudo está a meio gás. Quando digo isto, não me refiro à disposição e vivacidade da população, refiro-me sim ao que está ou não aberto. Quem trabalha ao sábado não trabalha à segunda.
Confesso que a isto ainda não me habituei. Nem tão pouco sei se me vou habituar.
Agora vou ali espreitar à janela a ver se passa alguém só para dizer que vi gente ao domingo.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Nostalgia
Há duas coisas que custam muito a quem emigra. Uma é a distância, a outra intimamente ligada, é a saudade.
Há dias assim.
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caiadas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga
Há dias assim.
![]() |
| Mirandela | Trás-os-Montes |
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;
De casas de moradia
Caiadas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Duas línguas e enganos parte I
Hoje estou particularmente cansada.
Foi um dia cheio.
A parte mais difícil de falar/aprender outra língua talvez seja torná-la automática, imediata e coerente. Contudo isso exige um estado de atenção enormeeeeeeeeeeee. Caso contrário, em apenas uma meia dúzia de palavras perdemos o fio à meada.
Tudo isto resulta num grande cansaço ao final do dia.
Eram 18h. Saí de trabalhar e fui ter com a X. ao Português (um dos cafés português daqui), lanchamos e quando nos dirigimos ao balcão para pagar eu disse, em tom de brincadeira ao F. (funcionário do café), "Vê lá se não te enganas hã?!" e, ali mesmo ao meu lado, estava um senhor muito baixinho a degustar o seu copo de vinho e que me diz: "O F. não se engana nunca" e sorriu. Mas como o meu cérebro ainda estava ligado em modo Francês e não ouvi muito bem o que ele tinha dito, virei-me para ele e disse: 'Comment?'. Rapidamente me dei conta, ri-me e disse: "Desculpe, diga lá meu senhor'.
Não corei por pouco!
E assim me despeço por hoje. Estou mortinha por dormir!
Foi um dia cheio.
A parte mais difícil de falar/aprender outra língua talvez seja torná-la automática, imediata e coerente. Contudo isso exige um estado de atenção enormeeeeeeeeeeee. Caso contrário, em apenas uma meia dúzia de palavras perdemos o fio à meada.
Tudo isto resulta num grande cansaço ao final do dia.
Eram 18h. Saí de trabalhar e fui ter com a X. ao Português (um dos cafés português daqui), lanchamos e quando nos dirigimos ao balcão para pagar eu disse, em tom de brincadeira ao F. (funcionário do café), "Vê lá se não te enganas hã?!" e, ali mesmo ao meu lado, estava um senhor muito baixinho a degustar o seu copo de vinho e que me diz: "O F. não se engana nunca" e sorriu. Mas como o meu cérebro ainda estava ligado em modo Francês e não ouvi muito bem o que ele tinha dito, virei-me para ele e disse: 'Comment?'. Rapidamente me dei conta, ri-me e disse: "Desculpe, diga lá meu senhor'.
Não corei por pouco!
E assim me despeço por hoje. Estou mortinha por dormir!
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Psicomotricidade em França
Para quem estuda ou para quem trabalha na área da Psicomotricidade em Portugal sabe bem que há uma certa dificuldade em fazer passar a mensagem sobre «o que é» e «a quem se dirige». Essa dificuldade é tão grande que arrisco-me a dizer que a maioria da população portuguesa desconhece a profissão. Os nossos governantes criaram a oferta formativa, mas esqueceram-se do resto. Esqueceram-se que era preciso criar oferta laboral. E eu pasmo ao reler os meus diapositivos das primeiras aulas do curso e ver 1001 possibilidades de locais de trabalho e depois, quando o curso termina e a eles nos dirigimos, ouvimos frases como: 'Mas isso é o quê?'. Procuramos resumi-la perante aquela pessoa que está com um ar apressado a receber-nos, e que se nota pela atenção (ou falta dela), que em breve nos vai cortar a palavra e dizer: 'Pois... é parecido à Fisioterapia não é?' E então respiramos. Tentamos calmamente aplicar algumas das técnicas de relaxamento que nos foram transmitidas e dizemos 'Não é a mesma coisa (...)' e quando tentamos completar, os 5 minutos daquela pessoa acabaram e em jeito de despedida ouve-se 'Se depois houver alguma vaga de "psicomotricionista" nós ligamos'.
Mas felizmente essa tendência está a mudar. Temos uma Associação Portuguesa de Psicomotricidade que tudo tem feito para divulgar a nossa profissão junto dos empregadores. Temos cada vez mais licenciados na área e temos o esforço de todos nós.
A tendência tem mudado, no entanto, a precariedade não. E confesso, que desde que terminei o curso (2010) fui sempre tendo trabalho, mas chegamos a uma altura que aquilo que encontramos nem sempre é o suficiente para sermos completamente independentes financeiramente. E aí corta-se me o coração de ter de ver os meus Pais a fazerem mais um sacrifício (além do investimento do curso) para ajudar a filha licenciada que não tem trabalho. Quem me conhece sabe que nunca fui de me acomodar e procurava sempre mais. Trabalhei na área e não só. Tive trabalhos em associações, fiz projectos, trabalhei em clínicas, loja de roupa, supermercados, creches, pisicinas, fui (e continuo a ser sempre que há a possibilidade) monitora de campos de férias para crianças e séniores na melhor empresa do País (A Bee - Aventura e Movimento). Esta última foi, sem dúvida, uma experiência completa e muito gratificante.
Posto isto, decidi emigrar. Vim para França à procura de uma psicomotricidade até então falada, ambicionada, mas à qual ainda não tinha chegado.
Pois bem cheguei.
Cheguei, e do pouco contacto que tive até ao momento, só posso dizer que estou a adorar.
Aqui acontece psicomotricidade tal como eu imaginei, quis e sonhei. É bonito! Muito muito muito. Sinto-me de novo uma aluna naquilo que tanto gosto.
Mas felizmente essa tendência está a mudar. Temos uma Associação Portuguesa de Psicomotricidade que tudo tem feito para divulgar a nossa profissão junto dos empregadores. Temos cada vez mais licenciados na área e temos o esforço de todos nós.
A tendência tem mudado, no entanto, a precariedade não. E confesso, que desde que terminei o curso (2010) fui sempre tendo trabalho, mas chegamos a uma altura que aquilo que encontramos nem sempre é o suficiente para sermos completamente independentes financeiramente. E aí corta-se me o coração de ter de ver os meus Pais a fazerem mais um sacrifício (além do investimento do curso) para ajudar a filha licenciada que não tem trabalho. Quem me conhece sabe que nunca fui de me acomodar e procurava sempre mais. Trabalhei na área e não só. Tive trabalhos em associações, fiz projectos, trabalhei em clínicas, loja de roupa, supermercados, creches, pisicinas, fui (e continuo a ser sempre que há a possibilidade) monitora de campos de férias para crianças e séniores na melhor empresa do País (A Bee - Aventura e Movimento). Esta última foi, sem dúvida, uma experiência completa e muito gratificante.
Posto isto, decidi emigrar. Vim para França à procura de uma psicomotricidade até então falada, ambicionada, mas à qual ainda não tinha chegado.
Pois bem cheguei.
Cheguei, e do pouco contacto que tive até ao momento, só posso dizer que estou a adorar.
Aqui acontece psicomotricidade tal como eu imaginei, quis e sonhei. É bonito! Muito muito muito. Sinto-me de novo uma aluna naquilo que tanto gosto.
Ano novo vida nova
Se tivesse de começar por explicar a origem deste blog teria de recorrer a 2012 quando comecei a pensar em emigrar, et voilá, como dizem os franceses, comecei a tratar da papelada toda. Comecei por fazer um curso de francês, depois a juntar os diplomas, a traduzi-los e nisso se passou um ano...
Em Outubro de 2013 vim a França entregar alguns CV's... Deveria ter regressado em Novembro, mas uns problemas burocráticos surgiram pelo que adiei a vinda para o início de 2014.
E aqui começa a parte difícil.
Foi horrível partir. Aquela sensação de deixar a tua 'essência' para trás. Família, amigos e a língua. Chorei tanto nesse dia, que durante dias senti um nó na garganta. Só queria que aquele dia, tão desgastante emocionalmente terminasse rápido, mas não. Tive de fazer escala em Lisboa e esperar umas quantas horas para que o dia acabasse. Dormi no aeroporto, mandei mensagens, chorei, respondia a outras tantas, fiz chamadas, chorei e concentrei-me naquilo que um amigo me tinha dito: "Depois de passares a porta de embarque as coisas custam menos. Vai que o mundo é teu".
E vim. Vim com o coração feito num trapo e a alma tolhida de revolta pela situação que o país atravessa. Serviram-nos uma sandes a bordo com queijo daquela da vaca que ri e salmão fumado. Agora sempre que fazemos dessas sandes chamamos-lhes as 'Sandes TAP'. Sai uma sandes TAP, pró menino e prá menina! Qualquer coisa assim!
Cheguei a França e eis que me deparo, a sair do avião, que não sabia dizer recolha de bagagem, e vinha tão exausta que não conseguia nem pensar... Mas como o avião vinha cheio de portugueses lá me desenrasquei. Tenho cá amigos, portanto tudo foi correndo pelo melhor, sem grandes momentos de solidão e com muitas ajudas para ultrapassar as barreiras da língua. Mas, que custa emigrar lá isso custa. No entanto, vale a pena. Pelo menos no meu caso, que estou a ter uma experiência brutal em psicomotricidade.
Numa próxima publicação revelo um bocadinho dos meus dias.
Em Outubro de 2013 vim a França entregar alguns CV's... Deveria ter regressado em Novembro, mas uns problemas burocráticos surgiram pelo que adiei a vinda para o início de 2014.
E aqui começa a parte difícil.
Foi horrível partir. Aquela sensação de deixar a tua 'essência' para trás. Família, amigos e a língua. Chorei tanto nesse dia, que durante dias senti um nó na garganta. Só queria que aquele dia, tão desgastante emocionalmente terminasse rápido, mas não. Tive de fazer escala em Lisboa e esperar umas quantas horas para que o dia acabasse. Dormi no aeroporto, mandei mensagens, chorei, respondia a outras tantas, fiz chamadas, chorei e concentrei-me naquilo que um amigo me tinha dito: "Depois de passares a porta de embarque as coisas custam menos. Vai que o mundo é teu".
E vim. Vim com o coração feito num trapo e a alma tolhida de revolta pela situação que o país atravessa. Serviram-nos uma sandes a bordo com queijo daquela da vaca que ri e salmão fumado. Agora sempre que fazemos dessas sandes chamamos-lhes as 'Sandes TAP'. Sai uma sandes TAP, pró menino e prá menina! Qualquer coisa assim!
Cheguei a França e eis que me deparo, a sair do avião, que não sabia dizer recolha de bagagem, e vinha tão exausta que não conseguia nem pensar... Mas como o avião vinha cheio de portugueses lá me desenrasquei. Tenho cá amigos, portanto tudo foi correndo pelo melhor, sem grandes momentos de solidão e com muitas ajudas para ultrapassar as barreiras da língua. Mas, que custa emigrar lá isso custa. No entanto, vale a pena. Pelo menos no meu caso, que estou a ter uma experiência brutal em psicomotricidade.
Numa próxima publicação revelo um bocadinho dos meus dias.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Hoje é o primeiro dia
Amanhã, ou melhor daqui a umas horas começa o meu sonho. O sonho de entrar na realidade da psicomotricidade no país que a viu nascer!
Nova língua, novo desafio e um entusiasmo louco! Aqui vou eu!
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