(Acabei de escrever o título desta publicação e dei-me conta que possivelmente fins-de-semana já não leva hífenes com o novo acordo ortográfico, mas... não sei escrever com o novo acordo, portanto é caso para dizer que escrevo à moda antiga).
Os fins-de-semana são algo que ainda não me habituei muito bem na cultura deste país. Não sei se isto que irei relatar se passa em toda a França, ou só em regiões mais pequenas como é esta em que me encontro.
Eu, habituada em Portugal a sair à noite quase todos os dias, vejo-me agora sem isso. Durante a semana é impensável sair à noite porque chego cansada e porque não há transportes à noite. O último autocarro que tenho para regressar para casa é às 18.30h... (Boa Mike...!!) Às vezes apetece-me ficar um bocadinho pelo centro, dar ali umas voltas, ver montras e ver gente, mas não. Não-dá-porque-não-posso-perder-o-último-autocarro-senão-depois-tenho-de-vir-à-la-pata. Vá, e também porque muitas das lojas fecham as 18h e outras, na loucura, às 19h!
Não é que eu em Portugal saísse até altas horas durante a semana, quer dizer... hum.. às vezes sim. Outras vezes não. Era só pegar no carro ir um bocadinho ao café e voltar.
Aqui isso é impensável. Os franceses fecham os tascos todos durante a semana à noite. Não tenho um único café perto de casa. Às 19h as ruas começam a ficar desertas porque não há autocarros, e já deve estar tudo recolhido.
Com isto acabei por me desviar do tema. Voltando...
Os fins-de-semana são esquisitos. Ao sábado quase tudo está aberto e há autocarros de hora a hora.
Ao sábado, suposto auge nocturno tudo fecha às 2h. É tudo caro. Excessivamente caro. Não há favaios. A cerveja até que nem é má, mas quase tenho um enfarte cada vez que vejo o preço. E não há lugar a telefonemas às amigas no dia seguinte a dizer: 'Não imaginas o que aconteceu...'. Noites épicas onde acontecem cenas surreais, ai que saudades!
Ao domingo a cidade é deserta. Não há autocarros. Tudo está fechado. Quando digo tudo é tudo. Supermercados, hipermercados, padarias, cafés, lojas, tudo tudo tudo... Não se vê alma penada.
E depois existe a segunda, que é um prolongamento do fim-de-semana francês pelos vistos.
Há segunda tudo está a meio gás. Quando digo isto, não me refiro à disposição e vivacidade da população, refiro-me sim ao que está ou não aberto. Quem trabalha ao sábado não trabalha à segunda.
Confesso que a isto ainda não me habituei. Nem tão pouco sei se me vou habituar.
Agora vou ali espreitar à janela a ver se passa alguém só para dizer que vi gente ao domingo.
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